domingo, 29 de maio de 2011

diálogos possíveis

Pensando no encontro lindo que tivemos ontem com o pessoal do Ilú, na apresentação, nas histórias, nas conversas após o espetáculo, na mesa do bar, deixo um trecho do Eugenio Barba que dialóga bastante com tudo que estamos vivendo e aprendendo juntas.

Um beijo no coração de todas,

Cecília

“O teatro antropológico só existe se está baseado nesta polarização. Por um lado, a pergunta 'quem sou eu?', como indivíduo de um determinado tempo e espaço; e por outro, a capacidade de intercambiar respostas profissionais, em relação a essa pergunta, com pessoas estranhas e longínquas no tempo e espaço. É no intercambio, e não no isolamento, que uma cultura pode desenvolver-se, ‘transformar-se’ organicamente. O mesmo é aplicável para os indivíduos e os profissionais de teatro. Não obstante, para que ocorra o intercambio, tem que se oferecer algo em troca. Neste sentido, o aspecto da identidade histórico-biográfica é fundamental para enfrentar seu pólo oposto, o encontro com o ‘outro’, o diferente, não para impor nossos horizontes ou maneiras de olhar, mas para permitir uma abertura que nos possibilite vislumbrar, além do universo conhecido, um novo território. Teatro Antropológico significa proteger seu próprio eixo, superando inseguranças, autodefesa, e expor-se a uma confrontação, a uma desorientação, a uma crise, para que o teatro, respeitando a lei da vida, flua e mude continuamente.”

Eugenio Barba


Um presente de Iansã

O espetáculo no Ponto de Cultura Ilú Onà - Caminhos do Tambor, foi lindo!
Muito obrigada a todos que foram, muito obrigada a todas as histórias!
Uma apresentação quentinha, para guardar no coração!
Meninas, parabéns! É sempre muito bom estar com vocês...

Para quem quiser ver as fotos, elas estão no endereço:
http://www.flickr.com/photos/aroribeiro/sets/72157626829203526/
Créditos ao amigo Arô Ribeiro

Muitos beijos

Camila Januário

sábado, 21 de maio de 2011

espetáculo na praça do SESC em Santos

Ontem foi um dia especial. Fizemos um espetáculo lindo em Santos, na praça em frente ao SESC, pela semana dedicada à luta antimanicomial.
Uma noite gostosa, histórias lindas, foi tudo muito intenso... Sinto uma enorme alegria em fazer esse trabalho e ter o privilégio de poder compartilhá-lo com um público como o de ontem.
Daqui a pouco, posto algumas fotos da apresentação.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Nesta foto: Fernanda Schaberle, Deda Zeppini e Cecília Schucman

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Lendo Eclea Bosi... um diálogo profundo com a nossa pesquisa

Há fatos que não tiveram ressonância coletiva e se imprimiram apenas em nossa subjetividade. E há fatos que, embora testemunhados por outros, só repercutiram profundamente em nós; e dizemos: "Só eu senti, só eu compreendi". Um exemplo pode ser o desaparecimento de uma pessoa que consideramos de especial valor. Podemos guardar anos, teimosamente, sua lembrança, de que nos sentimos o único depositário fiel, tendo como expectativa um grupo futuro. É porque temos certeza de que esse valor negado pelo grupo atual tem uma significação que o transcende e que poderá ser explicitada por nós um dia, em melhores condições, para outros homens para quem nosso amiga desaparecido será familiar, caro, inspirador.