domingo, 31 de março de 2013

sagas...

A saga do heroi, segundo Campbell. A saga do heroi, segundo o Nhemaria. Em busca de novas estruturas dramatúrgicas. Muita leitura, muita prática. Fazer, fazer, acertar, errar, fazer. Mais uma cena. Fazer, refazer, fazer. Ler o Campbell com afinco. Descobrir o heroi entre dois mundos, o ciclo cosmogônico, o momento da criação, a destruição e o começar tudo de novo. A cena que surge, brilha e se vai. O heroi que transita entre dois mundos, vai às profundezas para buscar um tesouro e compartilhar com cada um na plateia. Cada um na plateia que vai às profundezas da memória para buscar um tesouro perdido e, com o Nhemaria, cria outro mundo pelo ritual sagrado do teatro e das histórias humanas. Mensageiros entre mundos: arte, memória, teatro. Como estruturar em concretudes cênicas o que é mais que humano, histórias de amor, perdas, conquistas, esperanças? Como realmente trazer, dramaturgicamente, o que nos é dado com tanta generosidade por uma plateia que vive, que lembra e que compartilha? Como captar o momento mágico de vida, pulsante em uma lembrança trazida à cena? Como trasnformar tantos presentes da memória em caminhos transitáveis entre mundos diferentes? A saga da dramaturgia, segundo o Nhemaria.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Nhemaria no SESC Interlagos

Algumas fotos do espetáculo "Relicário" no último domingo.
Estava linda a plateia do "Projeto Passeando por Sampa Inclui"...



segunda-feira, 11 de março de 2013

Mulheres...


Enfim, passou-se recentemente o dia da Mulher. 
Um dia pra comemorar? Pra lembrar? Pra refletir? Pra presentear?
No 08 de março de 1857, em Nova Iorque, 129 mulheres morreram incendiadas numa fábrica, na tentativa de serem reconhecidas como cidadãs, como trabalhadoras, como seres-humanos, tal qual todos deveriam ser.
Vamos celebrar isso? Claro que não...
Mas a questão talvez esteja nas conquistas que fomos construindo nessa longa jornada atravessando essa cultura patriarcal. Conquistas de muitas e muitas mulheres, em lutas diferentes, em lugares diferentes, que se puseram de frente a fuzis, cajados, pedras, leis, canetas, paus, tanques, barbas, e não desistiram. Foram assassinadas, queimadas, torturadas, espancadas, ameaçadas, estupradas, exiladas, mutiladas, mas não desistiram. E muitas outras que enfrentam um cotidiano árido de batalhas de menor escala, porém não menos importantes. Para elas que o dia 08 de março foi escolhido em 1910 e oficializado pela ONU em 1975, justamente para que o episódio de Nova Iorque não seja esquecido e não seja repetido.
Não podemos ainda dizer que as mulheres de 1857 estão contempladas por nossa sociedade, mas ao menos podemos dizer que a luta delas se espalhou e germina batalhas e vitórias cotidianas.
Então, 08 de março é pra comemorar? Talvez sim, também.
É pra lembrar? Sem dúvida!
É pra refletir? Sim, e agir!
É pra presentear? Hum...  isso é de cada um, mas não pode ser o foco.
De qualquer forma...
Dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher (e de todas as suas batalhas).