sábado, 18 de junho de 2011

Elegia

Há coisas que a gente não sabe nunca o que fazer com elas...
Uma velhinha sozinha numa gare.
Um sapato preto perdido do seu par: simbolo
Da mais absoluta viuvez.
As recordações das solteironas.
Essas gravatas
De um mau gosto tocante
Que nos dão as velhas tias.
As velhas tias.
Um novo parebte que se descobre.
A palavra "quincúncio".
Esses pensamentos que nos chegam de súbito nas ocasiões mais impróprias
Um cachorro anônimo que resolve ir seguindo a gente pela madrugada na cidade deserta.
Este poema, este pobre poema
Sem fim...

Mário Quintana

Deixo esse poema delicado que dá um quentinho no coração, para vcs, meninas, lindas companheiras de trabalho e descobertas... obrigada pelas descobertas...
e deixo para quem mais ler esse blog, feito das pequeninas grandes coisas da vida, como as histórias dos nossos espetáculos.

Deda

Nenhum comentário:

Postar um comentário